DOCUMENTO ORIENTADOR PARA ELABORAÇÃO DE ROTEIRO DE ESTUDOS A
DISTÂNCIA
Considerando a suspensão das aulas por tempo indeterminado
nas escolas da rede estadual de São Paulo, a Coordenadoria Pedagógica apresenta
sugestões de atividades de conscientização sobre o coronavírus às escolas,
assim como orientações para que os professores proponham atividades a serem
realizadas pelos alunos, em casa, enquanto as aulas estiverem suspensas.
Aproveitem a semana de 16 a 20 de março, especialmente os
momentos de ATPC e ATPL, para elaborar roteiros de estudo dos alunos, de forma
que estes possam continuar desenvolvendo atividades pedagógicas, ainda que em
casa por tempo indeterminado.
Salientamos também que, neste momento, é fundamental a
sensibilização dos pais e responsáveis para que participem e promovam as
atividades junto aos estudantes.
Sugestões de atividades de conscientização
Como forma de incentivar a conscientização dos nossos
alunos, e pensando que estes podem ser agentes de socialização de informações
relacionadas ao coronavírus, elaboramos algumas sugestões de atividades a
seguir:
* Mural "Eu posso ajudar"
O Ministério da Saúde recomenda que aqueles que tenham
sintomas leves (febre, tosse, falta de ar etc) fiquem em casa por 14 dias.
Algumas pessoas, que fazem parte do grupo de risco, devem evitar a circulação e
contato social mesmo sem os sintomas. Trata-se de pessoas com mais de 60 anos,
gestantes ou com doenças crônicas, por exemplo.
Peça para que os estudantes pensem nos desafios que aqueles
que ficarem em casa vão enfrentar. Eles terão com quem conversar ou se sentirão
sozinhos?
Então, crie um mural dos estudantes em que eles indiquem
como poderiam ajudar com essas questões. Eles podem, por exemplo, pensar em
telefonar todo dia para seus avós para conversar por um tempo e não deixá-los
se sentindo solitários.
* Experiência "O poder do
sabão"
Pegue dois pratos. Em um deles, coloque água e orégano. No
outro, água e sabão. Peça para que um estudante coloque o dedo no prato com
água e orégano. O dedo dele(a) sairá com alguns grãos. Então, peça para que o
aluno mergulhe este mesmo dedo no prato com sabão. O dedo sairá limpo. Por fim,
indique para que leve de novo este mesmo dedo para o prato com orégano. O
resultado é que o sabão fará todos grãos de orégano se afastarem.
Discuta como a experiência mostra a importância de lavar a
mão com água e sabão.
* Cartazes de conscientização
Peça para que grupos de estudantes produzam cartazes com
dicas de como enfrentar o Covid-19. Em seguida, espalhem as produções pela
escola e pelo bairro.
* Dicas de leitura e de filmes
Crie um varal com os estudantes. Peça para cada um pendurar
dicas de livros e filmes que gostem. A ideia é que as sugestões possam ser
visitadas pelos colegas para os dias em que forem ficar em casa.
* A nossa saudação!
Para evitar a transmissão dos vírus Covid-19, é
recomendável evitar cumprimentos com beijos, abraços e apertos de mão.
Peça que a turma crie novas formas de se saudar que permita sinalizar a
animação por encontrar um amigo sem ter que tocá-lo. Vale uma piscada, um
sorriso, um "namastê". Peça para os estudantes compartilharem com a turma
aquilo que desenvolveram.
* Um lembrete a qualquer hora
Os alunos deverão produzir pequenos cartazes para colarem
próximos das pias das suas casas com lembretes criativos da importância de se
lavar a mão. As peças ficam ainda mais bacanas se os alunos incluírem dicas de
como fazer uma boa lavagem das mãos.
* Criação de paródias
A partir de alguma música conhecida dos alunos, eles podem
criar letras a respeito do COVID-19.
* Símbolos do emoji
Os alunos podem
criar símbolos que representam os sintomas do vírus, inspirados nos emojis.
* Efeito dominó.
Dinâmica para que os alunos possam compreender o efeito
dominó que a gripe tem, no qual um passa para o outro, assim como quando
tocamos em uma peça de dominó.
Atividades a
distância
A partir desta semana, os professores podem se organizar
para planejar atividades a serem trabalhadas com seus alunos a distância. Para
esta primeira semana, indicamos que as habilidades a serem trabalhadas não
sejam novas, mas sejam recuperadas e reforçadas as aprendizagens anteriores que
são importantes para o percurso educacional dos estudantes.
Indicamos que sejam realizadas atividades que possam ser
desenvolvidas a distância, tais como:
1. Projetos interdisciplinares que
desenvolvam habilidades dos diferentes componentes curriculares: por exemplo,
sobre o coronavírus, em que as habilidades dos diferentes componentes
curriculares podem ser mobilizadas para desenvolver trabalhos sobre o vírus e
seus impactos sociais. A reportagem deste link<https://porvir.org/como-e-possivel-discutir-o-coronavirus-por-diferentes-angulos/>
apresenta algumas sugestões de possibilidades de como trabalhar com um projeto
interdisciplinar sobre o coronavírus.
2. Listas de exercícios: para consolidar
aprendizagens, como listas com atividades de matemática que desenvolvam
intencionalmente determinadas habilidades do componente.
3. Leitura de textos, com perguntas a respeito
dos textos a serem respondidas, ou outras atividades a serem desenvolvidas a
partir deles. Sugere-se que os professores indiquem estratégias de leitura que
contribuam para que os alunos compreendam os textos, a partir de seus
conhecimentos prévios. Outro importante aspecto a ser considerado na leitura,
são as possíveis relações que se pode estabelecer com informações já
consolidadas, e deste modo, que os conhecimentos acerca do assunto possam ser
ampliados com as novas informações presentes no texto. Nessa perspectiva, a
leitura pode, para além da apreciação pessoal, contribuir para uma análise
crítica, tendo em vista que a articulação dos conhecimentos já adquiridos de um
determinado assunto.
4. Produção de textos: elaboração de
textos de diferentes gêneros, para trabalhar com habilidades de língua
portuguesa ou outras específicas de outros componentes curriculares.
5. Projetos de iniciação científica a
partir de uma problemática do cotidiano do aluno.
Para o
desenvolvimento dessas atividades em roteiros de estudos, indicamos alguns
aspectos importantes a serem observados:
1. Estabelecer objetivos claramente: explicitar
as habilidades a serem trabalhadas no roteiro de estudos. Atividades curtas e
focadas, com objetivos de aprendizagem claros, tendem a ser mais eficazes.
2. Avaliação e feedback: utilizar instrumentos
que possam contribuir para que o professor avalie se o aluno aprendeu o que se
esperava, tal como indicado nos objetivos dos roteiros de estudos. Caso seja
possível, as atividades realizadas podem ser devolvidas digitalmente (por
exemplo, por meio de vídeos, listas de exercícios preenchidas ou redações
enviadas por e-mail, WhatsApp ou outros meios), ou offline, no retorno das
aulas. Será importante que os professores deem devolutivas para os alunos, para
que identifiquem os avanços e dificuldades no processo de aprendizagem. Para
que sejam efetivas, é importante que as devolutivas sejam específicas (por
exemplo, indicando “Você foi bem aqui porque…” em vez de escrever apenas
“Correto”), destacar em que o aluno evoluiu com relação ao passado (Percebi que
agora você está conseguindo fazer…) e em que especificamente pode melhorar; e
incentivar esforços adicionais para que todos os alunos avancem no processo de
aprendizagem. No caso de listas de exercícios, por exemplo, os professores
podem também disponibilizar vídeos ou documentos com a resolução comentada.
3. Duração estimada das atividades: registrar o
tempo previsto para o desenvolvimento de cada atividade, para apoiar a
organização dos alunos e possivelmente dos pais ou responsáveis.
4. Motivação em aprender: preferencialmente,
propor atividades que despertem o interesse dos estudantes, para que
efetivamente realizem as tarefas e com melhor qualidade.
Especialmente no caso dos anos iniciais do ensino
fundamental, é essencial desenvolver estratégias de comunicação com os pais e
responsáveis para que apoiem e cobrem seus filhos na realização das atividades.
Ao planejar quais
recursos utilizar para o desenvolvimento das atividades, é essencial priorizar
a utilização de recursos que estejam amplamente disponíveis a todos os alunos,
tais como cadernos do aluno do São Paulo Faz Escola, Ler e Escrever ou EMAI,
livros do PNLD, para garantir efetivas oportunidades de aprendizagem a todos.
Além disso, podem ser utilizados outros recursos, tais como livros
paradidáticos que os alunos tenham consigo para atividades de leitura.
Podem ser
utilizados também recursos online, tais como videoaulas (selecionadas ou
preparadas pelos próprios professores), plataformas de ensino a distância ou
plataformas digitais, tais como o Currículo+ (link<https://curriculomais.educacao.sp.gov.br/>).
Posteriormente a SEDUC enviará informações adicionais sobre o uso de softwares
e aplicativos educativos a serem disponibilizados gratuitamente para uso dos
alunos da rede estadual.
Compartilhamos
desde já alguns materiais para apoiar as escolas:
* “Estratégias e Recursos para o Ensino
Online” (https://drive.google.com/file/d/16Y-t5WVuShGSca0GQo7XwXblb44Iop08/view?usp=sharing ,
que apresenta uma série de recursos digitais que podem ser utilizados pelos
professores para que se organizem entre si, comuniquem-se mais facilmente com
seus alunos ou proponham atividades diversas voltadas a favorecer a
aprendizagem.
* “Um Guia Rápido de Contingência para
escolas” linkhttps://drive.google.com/file/d/1V3Wd_SDYKVATlNOzufKuif3rJgIRVdn1/view?
usp=sharing , que apresenta ferramentas e estratégias de ensino
voltadas a apoiar as escolas no período em que as aulas estiverem suspensas.
Orientações específicas por segmento ou componente
curricular
Na tabela a
seguir, apresentamos sugestões específicas por segmento ou componente
curricular. Destacamos que essas orientações visam apoiar os professores com
sugestões de atividades a serem desenvolvidas neste momento, mas cada um pode
ajustar à sua realidade para que seja dada continuidade ao trabalho que já
vinha sido desenvolvido anteriormente com os alunos.
É importante
reforçar que os arquivos trazem pontos de partida, que podem ser adaptados,
transformados em um ou mais roteiros de estudos, conforme o(a) professor(a)
planejar. Além disso, no momento da idealização, deve-se considerar por que
canal a atividade chegará no aluno. Pode ser enviada por redes sociais, e-mail,
por exemplo. Além disso, é parte do material os combinados sobre como e quando
o aluno realizará a atividade. Oriente os estudantes caso eles devam enviar
alguma resposta, por exemplo.
OBS: o primeiro link contém materiais de apoio para os anos
iniciais do ensino fundamental. Os links seguintes incluem orientações para os
diferentes componentes curriculares para os professores dos anos finais do
ensino fundamental ou do ensino médio.
Segmento ou componente curricular
Link
Anos iniciais do ensino fundamental
Língua Portuguesa
Matemática
Ciências
Biologia
Física
Química
História
Geografia
Sociologia
Filosofia
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
Arte
Educação Física
Projeto de Vida
Tecnologia e Inovação
Orientação de Estudos, Práticas Experimentais, Protagonismo
Juvenil, Tutoria e Clubes Juvenis
Os arquivos acima
foram disponibilizados em formato aberto para que possam ser baixados e
adaptados. Também disponibilizamos, neste link<https://drive.google.com/drive/folders/1fWbK4DgBtMrmovHJ5uBilvgsxtzcQxU2?usp=sharing>,
pasta com esses mesmos arquivos em formato PDF.
Atendimento Educacional Especializado - AEE
Para os alunos que fazem parte do Atendimento Educacional
Especializado em Sala de Recursos, de modo itinerante ou em Classe Regida por
Professor Especializado-CRPE, o Centro de Apoio Pedagógico-CAPE orienta que os
professores elaborem roteiros de estudos enriquecedores dos conteúdos
desenvolvidos até o momento, para consolidação e aprofundamento do que já foi
trabalhado.
Caberá à equipe gestora, juntamente com os professores
especializados, orientar os pais/responsáveis em relação ao roteiro de estudos
e sobre a importância da estimulação do estudante durante o período de suspensão
necessária e importante das aulas.
Tais orientações também se estendem às instituições
credenciadas com a Pasta, por meio de contrato ou Termo de Colaboração, que
atendem a alunos Público Alvo da Educação Especial.
Modalidades Educacionais
Os professores que atuam nas modalidades e atendimentos da
Educação de Jovens e Adultos, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar
Quilombola, Comunidades Tradicionais e Educação no Campo devem seguir as mesmas
diretrizes indicadas para todas as escolas da rede. Os roteiros de estudos, no
entanto, devem ser adequados às características do público e da modalidade.
Quanto à Educação Escolar Indígena, a Educação Escolar
Quilombola, as Comunidades Tradicionais e a Educação no Campo, devido às suas
especificidades, recomenda-se que sejam orientadas atividades (roteiros de
estudo) que fortaleçam as práticas já realizadas no primeiro bimestre e
pautadas na valorização cultural.
Para a EJA, orienta-se que os docentes proponham atividades
contextualizadas e de acordo com a faixa etária do público atendido, realizando
adequações didáticas dos conteúdos, competências e habilidades do Currículo e
do Material EJA Mundo do Trabalho, conforme necessidade. Importante propor
atividades de pesquisas que envolvam também situações problemas e reflexões, de
forma a incentivar os discentes a buscarem o conhecimento, revisando os
conteúdos já aprendidos.
Já em relação aos Centros de Educação de Jovens e
Adultos-CEEJA, que ofertam cursos EJA de presença flexível, é importante
orientar que os roteiros de estudos propostos anteriormente, com base no
material EJA Mundo do Trabalho, sejam mantidos. Deve ser ofertado ao aluno, no
entanto, recursos para aprofundamento dos conteúdos e habilidades contempladas
no roteiro.
CLIQUE NESTE LINK PARA O MATERIAL DE FÍSICA DA SEDUC-SP
MATERIAL DE FÍSICA PRODUZIDO PELAS DIRETORIAS REGIONAIS DE ENSINO
DRE JOSÉ BONIFÁCIO
DRE BRAGANÇA PAULISTA
DRE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
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